sábado, 29 de novembro de 2014

"macete" de Mourinho

José Mourinho chelsea coletivaVocê está jogando videogame com um amigo, começa a perder, vê o tempo acabar, e a reação é quase inevitável: começa a utilizar as estratégias que mais funcionam, seus “macetes”, para tentar virar a partida. Acredite, você não está sozinho: José Mourinho, um dos maiores treinadores do mundo, também usa o mesmo expediente, mas no futebol de verdade.

Em certo momento da temporada passada, insatisfeito com a irregularidade de seu time, Mourinho desabafou: pararia de tentar jogar de forma ofensiva e voltaria a adotar uma postura pragmática. O volante Mikel voltou a a figurar entre os titulares, os Blues ganharam competitividade e entraram na briga pelo título inglês. Tudo porque o técnico português decidiu “apelar” para sua estratégia provada e aprovada.

No auge do Barcelona de Guardiola, o Real Madrid de Mourinho era visto como a antítese do futebol vistoso praticado pelos catalães. O português tornou-se conhecido pela competitividade de suas equipes, pelo estilo pragmático e pela eficiência. Assim, foi campeão europeu por Porto e Inter de Milão. Assim, ainda aborda os jogos considerados mais difíceis no Chelsea.

Contra o City, no último domingo, a estratégia foi clara. Mourinho tinha material humano abundante para armar uma equipe ofensiva, mesmo fora de casa. Mas, sabendo que o duelo, mesmo na quinta rodada, era decisivo na briga pelo título, usou seu “macete”: time recuado, marcando forte, esperando uma bobeira para atacar. O plano funcionou em boa parte do jogo: os Citizens foram travados e levaram um gol assim que tiveram Zabaleta expulso. Lampard e o imprevisto do futebol trataram de estragar o plano de Mourinho.


A questão que fica é em relação à estratégia do técnico português. Como mostrou na temporada passada, Mourinho não é retranqueiro, até busca montar times mais ofensivos. Por outro lado, é pragmático o suficiente para “apelar” nos confrontos decisivos. Claro, é mais fácil defender com um time do nível do Chelsea, e isso é o que alimenta os argumentos dos críticos. Com um elenco como o dos Blues, o Special One poderia arriscar mais. Seria ele capaz de deixar o “macete” de lado?

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