domingo, 30 de novembro de 2014

Ansiedade, vômito de Luan e noite em claro: Tardelli filma bastidores do título

30/11/2014 13h40 - Atualizado em 30/11/2014 13h40

Ansiedade, vômito de Luan e noite em claro: Tardelli filma bastidores do título

Atacante filmou concentração, refeitório, vestiário, ônibus e flagrou confiança e ansiedade dos atleticanos. No dia seguinte, Tardelli deu entrevista exclusiva ao EE.

Por Belo Horizonte

O gol decisivo de Tardelli confirmou o título inédito do Galo na Copa do Brasil. Mas o atacante fez ainda um outro gol de placa para a torcida. Ele é o autor das filmagens exclusivas que mostram os bastidores do elenco atleticano antes do jogo em que bateu o rival Cruzeiro e se sagrou campeão. (clique no vídeo e confira a reportagem)
Jogadores do Galo no túnel antes de entrar no campo (Foto: Reprodução TV Globo)Jogadores do Galo no túnel antes de entrar no campo (Foto: Reprodução TV Globo)
O passeio do nosso "repórter cinematográfico" começa no quarto que o camisa nove divide com o lateral Marcos Rocha. E mostra detalhes da concentração do Galo passeando pelos quartos de Pierre e Luan, que revela uma curiosidade.
- Já vomitei uma vez, tomei três banhos... Na hora do jogo, mais uma vomitada e vamos "brocar" hoje se Deus quiser. Dormi nada ontem, mas vamos que vamos - conta o "Maluquinho", como Tardelli o chama.
Os bastidores continuam com detalhes do almoço, do trajeto de ônibus até o Mineirão passando aos momentos de concentração na hora da preleção. No dia seguinte ao título, Tardelli conversou com o repórter Thiago Asmar e você confere esta entrevista exclusiva aqui embaixo.
Diego Tardelli e Thiago Asmar (Foto: Rafael Honório)Diego Tardelli e Thiago Asmar (Foto: Rafael Honório)
Gostou de filmar e ser repórter por um dia? Viu que não é fácil fazer o que a gente faz todo dia?
- Foi bacana! No começo eu fiquei meio nervoso, porque não sabia o que falar. Mas foi show de bola! Pretendo fazer mais vezes, pretendo ganhar mais títulos, chegar a mais finais, para presenciar esses momentos aí. Tiro o chapéu pra vocês, porque é muita concentração. São perguntas difíceis de fazer ali na hora, mas deu tudo certo. Acredito que ficou bastante demais.
Não filmou o presidente por quê?
(risos) Porque o presidente não dá pra saber o estado dele, né? Então, eu fui bem devagarzinho pra ver se ele ia olhar pra câmera, pra fazer alguma brincadeira com ele. Aí, ele já olhou sério e eu falei "vou cortar” Ele é o maior ali, é o cara, então vamos cortar as gravações.
Tira um peso das costas, depois de um título desses em cima do maior rival?
- Sem dúvida nenhum. É um sabor de dever cumprido por tudo que a gente combinou, por tudo que a gente fez durante a Copa do Brasil. Se tinha um time que merecia mesmo ser campeão, é o Atlético.
No entrada em campo todos os jogadores passam pela taça e só você toca nela. O que você pensou ali? Por que você tocou a taça?
- Estava bastante concentrado e eu queria que aquela noite fosse especial pra mim. Tocar na taça, entrar com o pé direito em campo, então são essas coisas que talvez me deixem mais atento, mais focado. Coincidência ou não, eu fui o único a tocar na taça, o único a fazer gol na partida, ser o herói da partida ali, então acho que era uma noite que tinha que se pra mim.
Com foi a decisão?
- Sabia que aquela noite ia ser especial pra mim. Porque a torcida sempre me cobrou isso, uma decisão, sempre queria que eu decidisse uma partida e não há momento melhor do que esse, contra o Cruzeiro. Decidir uma final de contra o seu maior rival... fui iluminado essa noite.
Asmar, Tardelli e o troféu de melhor em campo na decisão (Foto: Rafael Honório)Asmar, Tardelli e o troféu de melhor em campo na decisão (Foto: Rafael Honório)
O maior símbolo dessa partida, que mostra que realmente você foi o cara do jogo é o troféu de melhor em campo?
É. O troféu de melhor jogador, isso não tem preço. Divido esse mérito com todos os meus companheiros. Sem eles não teria conquistado nada disso.
E o Levir Culpi?
Acho que talvez precisou daquela discussão, daquela briga, em prol do grupo, para melhorar o grupo. Porque o ambiente não estava legal... Enfim, o Levir chegou e quis mudar muitas coisinhas ali no começo. Não sei se foi meio pessoal comigo, querendo dar uma letrinha, mas depois daquilo ali eu voltei mais forte. Ele me deu um tempo de descanso, uma folga pra eu pensar, relaxar, e hoje é um cara que eu admiro, respeito, gosto muito. É um paizão pra gente ali do Atlético e para mim. A gente tá sempre conversando, brincando, tinha uma outra imagem do Levir quando ele chegou. Levir, sou teu fã e não tenho vergonha de dizer, ele é um cara que me fez crescer dentro do Atlético.
Como era esse ambiente, que você falou que não era tão bom?
Pois é, era muito cômodo! Já tinha ganhado a Libertadores e você percebia que a gente não estava tão focado como no ano passado. Veio aquele relaxamento, aquela discussão na Libertadores. Porque eu não queria sair do jogo, e eu sentia que estava bem na partida. Ele me tirou, eu acabei o xingando, mas faz parte.
Diego Tardelli e Thiago Asmar (Foto: Rafael Honório)Diego Tardelli e Thiago Asmar (Foto: Rafael Honório)

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